27 de dezembro de 2021

The Hound of the Baskervilles - O Cão dos Baskervilles 

Album conceitual de Clive Nolan e Oliver Wakeman

Quem não conhece a obra mais famosa de Sir Arthur Conan Doyle, O Cão dos Baskervilles, onde o detetive mais famoso do mundo, Shelorck Holmes, desvenda o mistério da maldição dos Barskervilles. Só para contextualizar vou resumir a introdução da história clássica do nosso querido detetive: 
Publicado em 1902, Holmes e seu fiel parceiro, Watson, investigam a morte de Sir Charles Barkervilles, um milionário inglês achado morto num pântano próximo ao seu lar. Conta a lenda que Charles havia sido assassinado por um cão que assombrava a região, conhecido por matar gerações da família Baskerville. A causa provável da morte de Charles teria sido um ataque cardíaco. 
Após a morte do milionário, seu sobrinho assumiria a mansão herdada da família. Holmes foi chamado para investigar o caso e descobrir se o futuro proprietário da mansão teria o mesmo destino dos seus antepassados. Sua missão, desvendar o mistério da lenda que assombra as gerações dos Baskervilles.
Pronto, foi dada a razão para Oliver Wakeman e Clive Nolan, dois excelentes tecladistas fizessem um trabalho conceitual, no mínimo desafiador. 


Oliver Wakeman, ao lado, dispensa apresentações, pois tem como pai o mago dos teclados e por muito tempo foi um dos tecladistas mais rápidos do mundo. Seu filho tem sua formação e o garoto é tão bom que substituiu o pai na banda YES e tem sua própria banda, além de participar do Strawbs e do Starcastle, ambas bandas de rock progressivo.

Clive Nolan é outro excelente músico onde participa até hoje de bandas importantes como Pendragon, Arena, Shadowland entre outras. Clive Nolan foi um prodígio que aos 16 anos de idade foi o músico mais jovem a receber um diploma de composição do London College Music. Toca além de teclados, viola, violino, violoncelo e é graduado em composição, orquestração, arranjo e regência.
Esses dois grandes músicos resolveram "musicar" o livro O Cão dos Baskervilles e o resultado foi fantástico. 

Contando com grandes músicos que poderemos ver mais adiante, o clima neo-clássico da obra nos remete ao ambiente retratado no livro e os personagens principais do livro são interpretados pelos vocalistas que compõe a banda. A narração é de Robert Powel que é um ator de sucesso além de ser também um vocalista formidável. 
O albúm não é atual. Foi lançado em 2002 e aqui no Brasil nem chegou a ser comentado, a não ser pelos especialistas musicais que acompanham sempre o cenário do rock progressivo no mundo. Na verdade não sei se o rótulo de rock progressivo cabe nessa obra, embora tenha guitarras e teclados eu diria que está mais para Neo-clássico, pois os arranjos e as composições são excelentes e o clima que  a obra transmite é sem igual. Uma boa experiência seria ler o livro ouvindo o som do álbum. Abaixo o time de músicos que fazem acontecer e desvendam o mistério do Cão dos Baskervilles.


Como podem ver a obra é de alta qualidade e está disponível nos principais streamings de música como Spotfy, Amazon Music e Youtube Music. A capa do álbum segue abaixo assim como um link para terem uma amostra da obra. ENJOY.


ALTAMENTE RECOMENDADO

15 de abril de 2017

Na Esquina do Mundo - Aventura e ficção no começo do Brasil colônia! Espetacular!!

NA ESQUINA DO MUNDO

Olá amigos internautas, hoje falarei de um livro que acabei de ler e que me surpreendeu muito. O livro se chama " Na Esquina do Mundo".



O Autor é um amigo muito querido que fez seu debut como escritor depois de uma longa carreira no sistema bancário nacional. Seu nome é Luiz Augusto França, formado em história e com um vasto conhecimento na história do nosso país. O livro foi lançado no ano de 2016 e só agora consegui ler, uma vez que a pilha de leitura só aumenta. Mas vamos ao que interessa, ou seja o conteúdo do livro e minhas impressões sobre ele.






Na Esquina do Mundo trata basicamente das relações e anseios dos jovens. E isso não tem época. Todos nós quando jovens o que queremos? Aventura, bons amigos e muitos amores. No livro são narradas as aventuras e desventuras de quatro jovens. Dois portugueses e dois índios brasileiros.


A época é o início da colonização portuguesa com suas expedições à nossa terra buscando as riquezas que provavelmente deveriam ter em abundância.
A narrativa é bem construída e ficamos curiosos com a sequência dos fatos.  Afinal são jovens em busca de aventuras e a curiosidade nessa época da vida está a flor da pele. Dois índios, dois portugueses, com anseios semelhantes querem conhecer o mundo que desconhecem ou seja os indígenas querem conhecer o homem branco de quem já ouviram falar e o portugueses querem conhecer a terra recém descoberta e suas riquezas.


Os quatro embarcam em suas jornadas, claro que separadamente. Os portugueses conseguem embarcar em uma expedição em Lisboa ao novo mundo recém descoberto e os índios, que são do interior da nova terra e nunca viram o mar e os homens de pele branca, seguem em busca desta fantástica aventura.

Para não contar tudo (já falei bastante) o livro é empolgante e vale a pena lê-lo. É o tipo de leitura que quando começamos não conseguimos parar. Parabéns Luiz Augusto, muito bom. Recomendo!!

RECOMENDADÍSSIMO

16 de março de 2017


DANTE'S - A DIVINA COMÉDIA



Olá você que pensou que este post seria sobre uma quadrinização da obra de DANTE ALIGHIERI, A Divina Comédia, se enganou! É sobre a obra de Dante mas é sobre a sua musicalização. Exatamente em 2008 a revista finandeza Colossus e o selo Musea inciaram um ambicioso projeto chamado VA - Dante's- Divine Comedy.


O conceito básico seria chamar bandas de rock progressivo e cada uma delas dar sua impressão sobre a obra de Dante. O primeiro conjunto foi composto de 34 cantos e se chamou Inferno - análogo a obra. Dividos em 4 CDs, cada músico/banda daria sua interpretação sobre as passagens do livro



As bandas não são muito conhecidas aqui em nosso território, mas a maioria tem uma sonoridade espetacular. As que são mais populares aqui eu destaco Willowglass, Atlantis, Nemo, entre outras. O projeto é muito legal e teve outras duas partes que veremos a seguir.





A segunda parte do ambicioso projeto Musea / Colossus 'baseado em Dante Alighieri a "Divina Comédia" lida com a viagem do poeta através do Purgatório, a morada das almas penitentes à espera de subir aos céus, depois de terem sido purgados seus pecados terrestres.



 O conjunto é composto por 36 faixas, distribuídos por 4 CDs, para um total de 35 bandas e artistas de uma ampla gama de países, cerca de metade dos astros envolvidos já apareceu no "Inferno de Dante". Os CDs são acompanhados por um livreto ricamente ilustrado (incluindo algumas das gravuras magníficas de Gustave Dore), bem como uma sinopse detalhada do cântico (nome dado pelo poeta para cada uma das três partes de sua realização).

E finalmente o Paraíso, fechando a obra de DANTE. São mais 4 CDs com 36 músicas de diversos autores e bandas de rock progressivo espalhadas pelos diversos CDs. Alguma delas voltaram apara compor outras músicas, outras são inéditas. Também pouco conhecidas de nós brasileiros, mas com uma musicalidade perfeita e diria que pegaram o espírito da obra de DANTE.

Existiram regras para as composições de todos os CDs. As músicas não poderiam exceder o tempo de 7 minutos. Não poderia haver os chamados DRUMBOXES e os únicos instrumentos permitidos eram os dos anos 70 e o mesmo para as inspirações. O resultado é espetacular para quem gosta de som instrumental na sua maioria dos anos 70 e 80 do  século passado é um prato cheio.

Agora aproveite uma pequena parcela desta grande obra musical. Aconselho a ouvir lendo as partes correspondentes da obra A Divina Comédia.

ALTAMENTE RECOMENDADO

3 de março de 2017

CHEGOU GRIMORIUM - HQ NACIONAL DAS BOAS!!



Amigos e fãs de histórias em quadrinhos, andei um tempo afastado (mais de um ano) mas não poderia deixar de compartilhar com vocês essa bela história em quadrinhos brasileira de um dos nossos mais talentosos artistas. Rom Freire. Veja seu blog aqui: http://romfreire.blogspot.com.br/.





 Ele nos apresenta um personagem de sua autoria chamado Grimorium. Uma mistura de mago, feiticeiro e policial que talvez tenha sido inspirado em Constantine sendo que ele é imortal. Santino (esse é seu nome de batismo) vem através das eras combatendo o mal em todas as suas formas místicas, encarando desde mortos-vivos, magos e vampiros.




A primeira aparição de GRIMORIUM foi na revista Do Além em 2010 juntamente com várias histórias selecionadas, o nosso mago imortal estava entre as escolhas para publicação..



A segunda aparição de Grimorium foi na revista do gaúcho Lorde Lobo chamada Penitente. Exatamente no nª 4 da publicação Penitente Encontra,onde o personagem de Lorde Lobo encontra o personagem de Rom Freire e se aliam para combater uma ameaça muito poderosa. Um demônio. Com roteiro e arte de Rom a história ficou muito legal dando gás para que Grimorium ganhasse sua própria publicação.

E finalmente saiu ano passado, mais precisamente em novembro de 2016 a revista solo de Grimorium.
A trama é bem simples e muito gostosa a leitura.  Há citação ou presença de personagens reais que deixa a expectativa do que virá pela frente aguçada. A arte de Rom nos faz lembrar dos quadrinhos de horror das décadas de 70 e 80 do século passado. Com uma narrativa impecável a história se desenvolve de maneira que podemos acompanhar os momentos mais peculiares da trama.









Por fim temos uma revista que nos diverte, empolga e mais ainda por ser nacional. Não deixe de ler essa empolgante aventura de nosso mago Santino. Diversão garantida. Para adquirir a revista, os pedidos devem ser feitos diretamente com o autor através do facebook https://www.facebook.com/rom.freire (chamar inbox) ou no email romfreire@hotmail.com.







RECOMENDADÍSSIMO





10 de janeiro de 2016

Primeira Dica de 2016 : Prog Exhibition - 40 Anni di Musica Immaginifica - P. F. M



Prog Exhibition foi um concerto realizado em Roma em 2010 no teatro Tendatrisce no dia 5 de Novembro de 2010. Esse concerto reuniu várias bandas de rock progressivo italiano e vários convidados ilustres.

Meu destaque é para Banda Premiata Forneira Marconi -  P.F.M.- como é conhecida. Essa banda tem influências do ELP, Triumvirat entre outros e é uma das minhas preferidas no cenário progressivo.


Os músicos desta banda são ótimos. São eles: Gianluca Tagliavani - Tecladista e Lucio Fabbri - violinista. Esses dois deixam o que foi velho novo em folha. Excelentes. Convidados sempre pelo P.F.M para shows, eles preenchem o palco com seus instrumentos e sua virtuosidade.





O núcleo da banda são os músicos Patrick Djivas (baixo), Franz di Cioccio (vocais, bateria e percurssão), Franco Mussida( vocais, guitarras elétricas e acústicas).


E nessa apresentação eles contam com nada mais nada menos que Ian Anderson, o criador, fundador do Jethro Tull, banda revolucionária do rock progressivo, blues e jazz graças ao seu virtuose na flauta. Ian Anderson.


O mais legal nesse concerto é que as músicas foram cantadas em versões originais em italiano, a não ser as que foram compostas originalmente em inglês e assim permaneceram.


 Se você espera para ouvir uma banda que soa similar à maneira que soou nos anos setenta eu tenho que dizer que não é bem assim. A banda sempre soou diferente em todos os concertos realizados no passado e que também se aplica a este desempenho. Há e sempre houve espaço para a improvisação e o uso de teclados diferentes - não MiniMoog desta vez - e os arranjos diferentes mudaram a música em uma direção um pouco diferente. 


As peças clássicas bem conhecidas são bem realizadas e fico ainda mais ansioso para testemunhá-las ao vivo no palco! Mas também as músicas menos conhecidas, como as instrumentais La Terra Dell'Acqua e Cyber ​​Alpha 3.1 ,Stati Di Immaginazionethe (2006)  vale a pena ouvir. Isso também se aplica ao  Maestro Della Voce, com uma introdução agradável do baixo.


Impagáveis também é o Jethro Tull-medley incluindo Intro Bach, Bourée e My God.As contribuições de Ian Anderson para este álbum o tornam um item de colecionador para muitos fãs de ambas as Bandas Jethro Tull e PFM. A colaboração entre estes músicos funciona muito bem e certamente levanta este álbum para uma classificação mais elevada.

Premiata Forneria Marconi Con Ian Anderson - 
Live In Roma 


(CD 2012, 43: 53/44: 15, Aereostella ARS IMM / 1008) As faixas:


CD 1:
  1- La Luna Nuova(07:51)
  2- Il Banchetto(05:01)
  3- Harlequin(07:40)
  4- La Terra Dell'Acqua(08:28)
  5- Intro Bach(01:30)
  6- Bourée(04:22)
  7- Meu Deus(8:58)
CD 2:
  1- Out Of The Roundabout(09:47)
  2- Maestro Della Voce / Luglio, Agosto, Settembre Nero(8:32)
  3- do Cyber ​​Alpha 3.1(05:03)
  4- Impressioni Di Settembre(5:29)
  5- La Carrozza Di Hans(06:56)
  6- E Festa(03:57)
  7- Se Le Brescion(2:27)
  8- La Tentazione(02:00)

Me sinto um privilegiado em poder ter visto um dia ao vivo essa banda maravilhosa aqui no Rio de Janeiro. Sim, no Rio. Eles estiveram aqui nos anos 90 e eu estava lá.

Abaixo uma palinha desse show.  Com Ian Anderson. 




IMPERDÍVEL

22 de julho de 2015

Dica de Hoje: Stan Lee - O Mito - A Lenda Viva!!

STAN LEE


Olá amigos internautas!! Ando afastado das postagens, mas não poderia deixar de postar esse 
lançamento que saiu na última FEST COMIX, realizada em São Paulo. Uma edição especial da Revista Mundo dos Super Heróis - Grandes Artistas com ninguém menos que Stan Lee.







A Revista Mundo dos Super Heróis já havia publicado em 2009 um dossiê do Stan Lee, mas agora esse é mais completo trazendo tudo que precisamos saber sobre esse grande artista.





Divida em capítulos, os leitores vão conhecer desde o nascimento do mito, seu repúdio as HQs e que ironicamente foi através do seu nome fantasia que ficou mundialmente famoso.



No segundo capítulo vamos conhecer como Lee criou a primeira família de super heróis. O Quarteto Fantástico. Juntamente com o mestre Jack Kirby, que deu forma aos quatros membros do super grupo.



No terceiro capítulo vamos ver como foi o que conseguiram alavancar as vendas das revistas, as animações e o sucesso absoluto dos heróis criados na casa das idéias.




No capítulo quatro veremos como Lee se tornou um importante homem de negócios, buscando novas oportunidades para a empresa que crescia cada vez  mais.




No quinto capítulo veremos que nem tudo são flores. Egos inflados, surgiram brigas entre Lee e seus parceiros. São contadas algumas histórias interessantes que aconteceram nesse período.



No sexto capítulo veremos todas as cenas em Lee apareceu no cinema, nas séries live-action e até nas animações. Quem perdeu alguma vale a pena conferir. São cenas incríveis e divertidíssimas.

Agora uma pequena falha na edição da revista. Onde se lê capitulo 9, na verdade seria o capítulo 7 onde veremos os Gibis criados por Lee e seus parceiros que são leituras obrigatórias para quem quer conhecer Universo Marvel e seus desdobramentos.



.Agora acertadamente o oitavo capítulo, onde o mestre bate um papo contando detalhes de sua carreira e como criou o seu mais famoso personagem.

Gostaria de agradecer ao pessoal da Mundo por nos presentear com essa edição especial trazendo um pouco da vida desse genial artista. Obrigado Manoel de Souza, Roberto Araújo, Gustavo Vicola, Alexandre Nani, Paulo Ferreira, Roberto Guedes, Toni Santos, Maurício Muniz, Eduardo Marchiori, Jota Silvestre, Fransérgio Rodrigues, Claudio Murena, André Morelli, Tarsis Salvatore, Antonio Luiz Ribeiro e Andrea Mariz.

JÁ NAS BANCAS
IMPERDÍVEL


21 de maio de 2015

B. B. King - A Lenda do Blues ! Homenagem!!


Uma semana após a morte da lenda do blues, presto aqui uma pequena homenagem a esse homem que influenciou vários guitarristas no mundo inteiro com seu estilo peculiar de tocar deixando um legado musical para nós fãs e todos os seus discípulos que tanto o adoravam e respeitavam.

B.B. King influenciou nomes com Jimi Hendrix, Jeff Beck, Eric Clapton entre outros, só pra citar alguns deles. Hendrix achava-o o melhor guitarista do mundo. E
já com a idade, via-se aquele velhinho bonachão, simpático e carismático que sempre que subia ao palco era ovacionado pela platéia e pelos músicos que o acompanhavam.


Agora um pouco de sua história para os jovens conhecerem um pouco mais desse fabuloso artista e os mais velhos sentirem aquela saudade gostosa em ouvir sua voz e guitarra


.Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King,  foi um guitarrista de blues, compositor e cantor americano. O "B. B." em seu nome significa Blues Boy, seu pseudônimo como moderador na rádio W. Foi considerado, ao lado de Eric Clapton e Jimi Hendrix, um dos melhores guitarristas do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.


 Ao longo da sua carreira, B.B. King foi distinguido com 15 prèmios Grammy, tendo sido o criador de um estilo musical único e que faria dele um dos músicos mais respeitados e influentes de blues, tendo ganho o epíteto de Rei dos Blues.


Era apreciado por seus solos, nos quais, ao contrário de muitos guitarristas, preferia usar poucas notas. Certa vez, B.B. King teria dito: "posso fazer uma nota valer por mil".




Riley Ben King nasceu numa fazenda de algodão em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, perto de Indianola, no Mississippi,Estados Unidos
Teve uma infância difícil – aos 9 anos, vivia sozinho e colhia algodão para se sustentar. Começou por tocar, a troco de algumas moedas, na esquina da Second Street. Chegou mesmo a tocar em quatro cidades diferentes aos sábados à noite.

No ano de 1947, partia para Memphis, no Tennessee, apenas com sua guitarra e $2,50 dólares. Como pretendia seguir a carreira musical, a cidade de Memphis, onde se cruzavam todos os músicos importantes do sul dos Estados Unidos, sustentava uma vasta competitiva comunidade musical em que todos os estilos musicais negros eram ouvidos.


"Num sábado à noite ouvi uma guitarra elétrica que não estava a tocar musica gospel negra. Era T-Bone interpretando "Stormy Monday" e foi o som mais belo que alguma vez ouvi na minha vida." recorda B. B. King, "Foi o que realmente me levou a querer tocar blues".

A primeira grande oportunidade da sua carreira surgiu em 1948, quando atuou no programa de rádio de Sonny Boy Williamson, na estação KWEM, de Memphis. Sucederam-se atuações fixas no "Grill" da Sixteenth Avenue e mais tarde um anúncio publicitário de 10 minutos na estação radiofónica WDIA, com uma equipe e direção exclusivamente negra. "King’s Sport", patrocinado por um tônico, tornou-se então tão popular que aumentou o tempo de transmissão e se transformou no "Sepia Swing Club".
King precisou de um nome artístico para a rádio. Ele foi apelidado de "Beale Blues Boy", como referência à música "Beale Street Blues", foi abreviado para "Blues Boy King" e eventualmente para B. B. King. Por mera coincidência, o nome de KING já incluía a simples inicial "B", que não correspondia a qualquer abreviatura.

Pouco depois do seu êxito "Three O'Clock Blues", em 1951, B. B. King começou a fazer turnês nacionais sem parar, atingindo uma média de 275 concertos/ano. Só em 1956 B. B. King e a sua banda fizeram 342 concertos! Dos pequenos cafés, teatros de "gueto", salões de dança, clubes de jazz e de rock, grandes hotéis e recintos para concertos sinfônicos aos mais prestigiados recintos nacionais e internacionais, B. B. King depressa se tornou o mais conceituado músico de blues dos últimos 40 anos, desenvolvendo um dos mais prontamente identificáveis estilos musicais de guitarra, a nível mundial.
O seu estilo foi inspirador para muitos guitarristas de rock. Mike BloomfieldAlbert CollinsBuddy GuyFreddie KingJimi HendrixOtis RushJohnny WinterAlbert KingEric ClaptonGeorge Harrison e Jeff Beck foram apenas alguns dos que seguiram a sua técnica como modelo. Era considerado o melhor guitarrista do mundo por Hendrix.

Em 1969, B. B. King foi escolhido para a abertura de 18 concertos dos Rolling Stones. Em 1970 fez uma turnê por UgandaNigéria e Libéria, com o patrocínio governamental dos Estados Unidos. Começou a participar da maioria dos festivais de Jazz por todo o mundo, incluindo o Newport Jazz Festival e o Kool Jazz Festival New York, e sua presença tornou-se regular no circuito por universidades e colégios.
Em 1989 fez uma turnê de três meses pela AustráliaNova ZelândiaJapãoFrançaAlemanha OcidentalPaíses BaixosIrlanda, como convidado especial dos U2, participando igualmente no álbum Rattle and Hum, deste grupo, com o tema "When Love Comes to Town".
Em 26 de julho de 1996, aproveitando ter um concerto agendado para Stuttgart, deslocou-se de propósito de avião até à base aérea de Tuzla, para atuar perante tropas da SuéciaRússiaBélgica e Estados Unidos, estacionadas na Bósnia e Herzegovina num esforço conjunto de manutenção da paz. No dia seguinte, voou para a base aérea de Kapsjak, para nova atuação junto de tropas norte-americanas. B. B. King confessa: "Foi emocionante atuar para estes homens e mulheres. Apreciamo-los e queremos que eles saibam que têm o nosso total apoio na sua árdua tarefa de manutenção da paz."
B. B. King terminou 1996 com uma turnê pela América Latina, com concertos pela primeira vez, no Peru e Paraguai. O "Rei dos Blues" totalizou mais de 90 países onde atuou. Ao longo dos anos foi agraciado com diversos Grammy Awards: melhor desempenho vocal masculino de Rhythm & Blues, em 1970, com "The Thrill is Gone", melhor gravação étnica ou tradicional, em 1981, com "There Must Be a Better World Somewhere", melhor gravação de Blues tradicionais, em 1983, com "Blues'N Jazz" e em 1985 com "My Guitar Sings the Blues". Em 1970, Indianopola Missisipi Seeds concede-lhe o "Grammy" de melhor capa de álbum. A Gibson Guitar Co. nomeou-o "Embaixador das guitarras Gibson no Mundo".
Curiosidade: 
Uma das imagens de marca de King é chamar as suas guitarras o nome de "Lucille" - uma tradição que vem desde a década de 1950. No inverno de 1949, King se apresentou num salão de dança em Twist, no Arkansas. Com o intuito de aquecer o salão, acendeu-se um barril meio cheio de querosene no centro do salão, prática muito comum na época. Durante a apresentação, dois homens começaram a brigar e entornaram o barril que imediatamente espalhou chamas por todo o lado. Durante a evacuação, já fora do estabelecimento, King apercebeu-se de que tinha deixado a sua guitarra de 30 dólares no edifício em chamas
 Voltou a entrar no incêndio para reaver a sua Gibson acústica, escapando por um triz. Duas pessoas morreram no fogo. No dia seguinte, soube que os dois homens tinham começado a briga devido a uma mulher chamada Lucille. A partir dessa altura, passou a designar as suas guitarras por esse nome, para "se lembrar de nunca brigar por uma mulher e nunca mais entrar em um bar em chamas."
King iniciou utilizando uma Fender Telecaster. Passou a utilizar uma Gibson ES-335, modelo que foi substituído pela B. B. King Lucille, um modelo baseado na ES-345. No dia 19 de dezembro de 1997, apresentou Lucille ao Papa João Paulo II em um concerto no Vaticano No dia 5 de novembro de 2000, doou uma cópia autografada de Lucille para o Museu de Música Nacional, Estados Unidos.
No início de abril, B.B. King foi internado no hospital depois de sofrer de desidratação causada pelo diabetes tipo 2, doença com a qual convivia há mais de 20 anos. Estava com uma turnê marcada para 2015, mas teve que desmarcar os shows por causa da doença. Durante uma apresentação em Chicago em outubro, o músico passou mal no palco devido a desidratação e esgotamento. Ainda faltavam oito apresentações para terminar a temporada.
King morreu na madrugada de 15 de maio de 2015, enquanto dormia, aos 89 anos.O médico do músico, Darin Brimhall, e o legista John Fudenberg disseram à agência que o termo técnico para a causa da morte é demência vascular. Brimhall disse que os AVCs de B.B. King resultaram da redução do fluxo sanguíneo em consequência de diabetes crônica.
Uma grande perda!! Rest in Peace!!
Acima um concerto de B B King, imperdível!!

REST IN PEACE

Fonte: Wikipedia