22 de novembro de 2013

Loucura, Loucura - Batman - A Piada Mortal




BATMAN - A PIADA MORTAL

Desculpa, mas se até hoje você não leu A Piada Mortal, do Alan Moore, pare o que está fazendo e dê um jeito de lê-la. 



Em A Piada Mortal, Alan Moore leva ao limite as tentativas do Coringa de enlouquecer o Homem-Morcego.
Moore explora a psicologia de Batman, Coringa e do comissário Gordon. Todas as tramas paralelas apresentadas na HQ acabam tendo Gordon como seu referencial e é o comissário que concentra a maioria das perguntas que surgem após a leitura da revista. Lançada em 1988, foi uma revolução nos quadrinhos e Alan Moore já consagrado como roteirista, ganhou mais fama e respeito dos leitores. Ele escreveu "V de Vingança", "Watchmen e fez essa obra prima. 








Um dia ruim. É apenas isso que separa o homem são da loucura. Pelo menos menos segundo o Coringa. E ele quer provar seu ponto de vista enlouquecendo ninguém menos que o maior aliado de seu grande inimigo: o Comissário Gordon. Caberia  ao Cavaleiro das Trevas impedi-lo, mas não consegue e ele deixa a filha do Comissário Gordon paraplégica.


A arte de Brian Bolland é sensacional e retrata bem o clima insano que é este argumento de Moore. Note que parece que ela também foi estrupada, mas isso não ficou evidente, somente as imagens, fotografias do ato criminoso deixam a entender o hediondo crime. 




Moore não apenas aprofundou-se na natureza da insanidade do Coringa – chegando ao extremo de aleijar Barbara Gordon (aposentando, por tabela, a Batgirl) e mostrar as fotos ao pai da garota, o Comissário Gordon -, como resolveu versar sobre a origem do vilão.














O traço de Brian Bolland faz jus à importância que Moore dá à sua versão da história e imortaliza o Coringa de rosto magro e sorriso largo, olhos vivos e corpo comprido como o biotipo arquetípico do personagem.















A história termina com uma briga feia entre o super-herói e o supervilão – quando o Coringa saca uma arma que, ao ser disparada, revela apenas uma bandeira estampada com uma onomatopéia. Cansado, ele diz que aquela situação o lembra de uma piada.












Os dois caem na gargalhada, identificando-se com os dois doidos da piada contada pelo Coringa. No penúltimo quadrinho não há mais nenhuma risada nem o som da sirene da polícia, que começa a crescer à medida em que avançamos o olhar pela última página. Uma luz se apaga e, no final, fica apenas a chuva caindo no asfalto. Um final ambíguo, que Alan Moore reforça para não ter “The End” e nenhuma outra sinalização que a história acabou.











O final em aberto, silencioso, foi, por muito tempo, elogiado como sendo um dos grandes trunfos da história, que unia Batman e o Coringa através da loucura. 



Então não deixe de ler essa Graphic e especule o final. Será que o Batman mata o Coringa??

Recomendadíssimo.

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